Por: tegUP, aceleradora de startups.
As fintechs trazem novas possibilidades a investidores e usuários que precisam de investimento, e têm foco na desburocratização das operações, seja a contratação de um simples cartão de crédito ou o acesso a um investimento maior. Por isso são consideradas uma boa alternativa para microempreendedores, que costumam se deparar com todo o tipo de burocracia ao tentar contratar serviços financeiros em instituições tradicionais.
E quando o assunto é a segurança e a proteção de dados, as fintechs saem na frente dos bancos tradicionais. Isso porque sua segurança é baseada no uso de tecnologia criptografada.
Bancos em todo o mundo já começaram a estudar o potencial do blockchain para identificar eventuais falhas de segurança e começaram experimentações tímidas. Entretanto, o ritmo acelerou e, hoje, as fintechs já aderiram de vez à tecnologia, que garante muito mais segurança para as transações realizadas.
Diferente de bancos e instituições financeiras tradicionais, que usam a tecnologia apenas para facilitar os serviços, as fintechs têm por essência o uso do blockchain e da inovação para revolucionar as ferramentas, processos e até mesmo as metodologias deste mercado.
A fintech europeia SDK.finance, em parceria com a Oracle, está adquirindo uma plataforma blockchain para melhorar os processos de pagamentos e remover intermediários.
Isso traz benefícios e uma ótima experiência para o usuário que, além de enfrentar menos burocracia, menos custos e ter fácil acesso às informações sobre suas operações financeiras, ainda pode contar com tecnologia criptografada para proteção de dados.
Segundo um estudo realizado pela Escola de Investimento, as startups financeiras são o modelo de negócio que mais recebe investimento no Brasil, e estão na mira aceleradoras e investidores, que têm programas focados exclusivamente em fintechs. Um exemplo é a Zen, que recebeu, em abril de 2019, um aporte de R$ 5,7 milhões. Esta é a segunda rodada de investimentos da Zen, que está no mercado há menos de um ano.
Só em 2018 foram registradas mais de 450 fintechs no país, cerca de 30% a mais em relação a 2017.
Apesar da expansão do mercado e da constante busca dos usuários por soluções financeiras inovadoras e desburocratizadas, as fintechs ainda enfrentam diversos obstáculos.
Um dos principais desafios é a lucratividade. Com um mercado cada vez mais concorrido, é difícil obter lucro em curto prazo sem o apoio de investidores.
Outro obstáculo é o desenvolvimento de aplicativos que acompanhem a qualidade do atendimento e do pós-venda. Ainda que existam fintechs com ótimos aplicativos, elas ainda são exceção.
Mas tudo indica que os novos hábitos de consumo irão incentivar ainda mais o desenvolvimento do setor, que tem tudo para decolar e, quem sabe, até substituir os modelos tradicionais.
Sobre o Autor
A tegUP é uma aceleradora de startups e braço de inovação aberta da Tegma Gestão Logística. A aceleradora apoia startups e empresas de tecnologia transformadoras que ofereçam produtos, serviços e tecnologia relacionados ao universo da Logística, apresentem alto potencial de evolução e necessitem de algum tipo de suporte para acelerar seu crescimento.