Treinamentos corporativos e o impacto da tecnologia

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Vivemos na era da tecnologia, da personalização e da mobilidade. E são esses os três itens que estão moldando nossa forma de ensinar a aprender, de treinar funcionários e de potencializar nossos talentos. 

 

A tecnologia já está sendo utilizada em várias plataformas de treinamento e, no mercado de logística e transporte, ela tem ainda maior peso. Com boa parte das equipes na rua, dirigindo as frotas ou se ocupando de processos logísticos, é essencial que treinamentos sejam disponibilizados em tecnologia mobile – muitas vezes no mesmo celular ou tablet corporativo que as equipes na rua já utilizam no dia a dia, para rotas, pagamentos ou controles. 

 

Com treinamentos em plataformas mobile, os funcionários podem aprender onde estiverem, entre uma entrega e outra, ou mesmo entre os intervalos das tarefas, poupando o tempo de ida até o escritório apenas para quando seja fundamental a presença física. 

 

Além das plataformas de aprendizagem mobile, muitas ferramentas já estão utilizando a gamificação, trocando as velhas orientações e longos textos por interatividade com o colaborador. O aprendizado em formato de jogo passa a ser mais efetivo e é comprovado por diversas teorias, como a de John Dewey, conhecido como a Teoria do Aprender Fazendo. Ele defende a educação como um processo de reconstrução e reorganização das experiências adquiridas que irão influenciar as experiências futuras – e nada melhor para viver essas experiências do que as simulações virtuais oferecidas pela tecnologia. 

 

E quando falamos de simulação, adentramos um universo amplo. Desde o uso de inteligência artificial, que simula as melhores formas de aprendizagem para cada indivíduo, que também aprende com seus erros, até a realidade virtual, revivendo com projeções e óculos 3D todas as atividades do dia a dia profissional. 

 

Os simuladores atuais de treinamento, capacitação e reforço de conceitos no ambiente corporativo vão desde plataformas que simulam discussões e problemas do negócio a serem resolvidos, até simuladores bastante específicos e robustos, como carros e caminhões reforçando a direção segura, e grandes estoques ou ambientes virtuais para interação em um misto de realidade virtual e ambiente real.      

 

Em relação à personalização, as empresas também começaram a entender que, assim como alunos de uma escola, cada funcionário está em um estágio específico de aprendizado e precisa de mais ou menos estímulos para evoluir para outros níveis. Essa diferença entre um colaborador e outro precisa ser entendida e trabalhada pelas empresas para deixar de ser algo negativo e se tornar um fator positivo para as corporações.  

 

O psicólogo bielorrusso Lev Vygotsky (1896-1934) já defendia o que a tecnologia ajuda hoje a implementar: é necessário tratar cada aprendizagem de maneira individual.  O segredo é tirar vantagem das diferenças e apostar no potencial de cada colaborador. Com plataformas conectadas, de aprendizado e de controle diário do trabalho, é possível cruzar informações e oferecer um conteúdo exclusivo para o que cada funcionário precisa desenvolver. 

 

A distância entre o que já se sabe e o que se pode saber com alguma assistência, batizada por Vygotsky como zona proximal, é o ponto que a tecnologia consegue potencializar em cada indivíduo, gerando um desenvolvimento real: uma evolução, não uma repetição.  

 

Por fim, entram nos processos de aprendizagem os robôs. Seja orientando com informações e chatbots, seja como robôs físicos que interagem em treinamentos com os funcionários para ajudá-los a entender a interação com clientes, colegas de trabalho e até mesmo com as máquinas que ele deverá manipular no dia a dia.  

   

Com tantas frentes de uso da tecnologia na aprendizagem corporativa, cresce o conceito de Blended Learning (aprendizado misturado), que defende como solução ideal a mistura de diversas ferramentas de aprendizado. Assim, temos o conjunto da abordagem presencial, vídeos, videoconferências, e-learning, realidade virtual, gamificação, bots e simuladores nos mostrando que, com uma tecnologia munida de inteligência artificial, também estamos criando negócios muito mais inteligentes.  

 

Sobre o Autor   

A tegUP é uma aceleradora de startups e braço de inovação aberta da Tegma Gestão Logística. A aceleradora apoia startups e empresas de tecnologia transformadoras que ofereçam produtos, serviços e tecnologia relacionados ao universo da Logística, apresentem alto potencial de evolução e necessitem de algum tipo de suporte para acelerar seu crescimento.    

www.tegup.com 

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